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Não exigir diploma no processo seletivo?



Não exigir diploma no processo seletivo?


Três das maiores empresas de tecnologia do mundo, Google, Apple e IBM, não exigem mais diplomas universitários de seus futuros funcionários na hora da contratação. A informação é do site de levantamento de empregos norte-americano Glassdoor, que listou 15 grandes empresas dos EUA que já relaxaram suas políticas de contratação em volta desse tema. E esta informação não é nova.


Mas o que está por trás do exigir diploma universitário no processo seletivo? O pressuposto, é de que o diploma seja um atestado de qualidade e de capacidade do candidato. Entretanto, por vários motivos, sabemos que na prática não é assim. São diversos os problemas e falhas no sistema educacional, no modelo de provas e aferição de conhecimento, aplicando parâmetros pouco eficientes para testar o conhecimento adquirido.


Estamos diante de um problema sistêmico e cultural, principalmente no Brasil: A cultura de que o processo seletivo deve ser rápido (principalmente por quem demanda o candidato). Dificuldade em caracterizar a vaga e o perfil do candidato. A dificuldade em analisar o perfil dos colaboradores que possuem desempenho satisfatório para entender o padrão do cargo. E por fim, a ausência de critérios e métodos eficientes para um processo seletivo assertivo. Em alguns casos (exceções) temos critérios pouco eficientes.


E então, não exigir o diploma é a solução?

Que qualidade e tempo andam de mãos dadas, isso tudo mundo já sabe. Então, no processo seletivo não é diferente. Um bom processo seletivo, é criterioso, metodológico e requer algum tempo. Para que o prazo não seja o vilão, é fundamental que haja um planejamento, sempre que possível. Sabemos que reposição de vaga, por vezes, ocorre de surpresa, e faz parte do jogo.

Para o Google, a contratação é considerada uma das coisas mais importantes do negócio (senão a mais importante). No Google, por exemplo, o processo seletivo já chegou a durar 8 meses, e eles conseguiram reduzir para 3 meses. No Brasil, nem preciso dizer que este prazo é inconcebível, mas por que? A única resposta cabível aqui é ter um processo mais eficaz do que o do Google.

Em empresas cujo processo seletivo já é criterioso, como o caso das empresas acima citadas, e possui diversas ferramentas para testar o conhecimento, aí sim, o diploma não tem tanto peso. Vale quem demonstrar saber o que sabe. Se é que sabe mesmo. Digo isso, porque como muitos candidatos já acostumaram a se deparar com empresas que não possuem um processo seletivo criterioso, tendem a levar vantagem com mentiras e invenções no currículo. Outros, veem alguns vídeos e já se dizem especialistas no assunto.

Já parou para pensar em quanto tempo a empresa perde com candidatos selecionados equivocadamente? Aproximadamente 4 meses por candidato, contando com o tempo do processo seletivo, admissão, experiência e demissão, e contando que a empresa atentou rápido para o erro. A partir do tempo gasto pelos profissionais envolvidos com o processo seletivo, com encargos trabalhistas, admissão e demissão, você consegue fazer um conta aproximada do custo envolvido.


Resumindo: errar em processo seletivo é ruim para todo mundo. A empresa perde, o recrutador perde, o candidato perde.

E não saber contratar, é como saltar de paraquedas e contar com a sorte para saber se ele irá abrir ou não. Pode custar a vida da empresa.

Se a empresa não tiver um processo seletivo criterioso e inteligente, exigir diploma não significará nada, e não exigir também.


Como funciona o processo seletivo na sua empresa? Quais indicadores você possui para afirmar que vocês sabem contratar?

Na MAXTA, desenvolvemos uma metodologia própria. Aplicamos cerca de 5 a 10 testes por processo seletivo. Acreditamos que a tecnologia é um processo que agrega precisão e agilidade, mas não abrimos mão do fator humano nas análises. Todos os nossos processos seletivos são conduzidos por Psicólogos especialistas em Recursos Humanos. Saiba mais aqui.

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Robson Vitorino, é sócio diretor da Maxta - Maximizando Talentos, professor, escritor e palestrante.

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